Construir o Socialismo para recuperar o planeta

Por Raízes Socialistas1

“ONDE CHEGAMOS? PARA ONDE VAMOS?”

Hoje o grande debate no mundo é sobre como recuperar o planeta para que tenhamos uma vida mais saudável e sustentável. Mas precisamos fazer esta pergunta: por que chegamos a este ponto tão crítico? Vivemos há séculos saqueando as riquezas naturais para manter vaidade, luxo e poder, tudo em nome de uma tal civilização e de privilégios.

Os defensores dessa visão de mundo criaram uma sociedade na qual tudo gira em torno do lucro, e para essa gente não importa destruir a natureza, emprego e qualquer obstáculo que encontre à frente. Em nosso entendimento, esse tipo de gente não tem interesse em recuperar o planeta a serviço da humanidade.

Diante dessa contestação, precisamos criar frentes de luta em defesa da natureza e da humanidade, ao mesmo tempo em que devemos nos educar para irmos fazendo pequenas ações que ajudem o meio ambiente. A luta em defesa da natureza é tão importante quanto a defesa do emprego e do viver bem. Nunca, em tempo algum, em toda a jornada do Homem na Terra, o clima esteve tão ameaçado.

Após a Revolução Industrial, a invenção da máquina a vapor, a automatização do tear, quando os artesões sucumbiram ao poderio dos donos dos meios de produção, o que se viu foi uma escalada vertiginosa da industrialização e da exploração da mão de obra dos trabalhadores em suas novas funções.

Quanto mais aumentava a industrialização, maior era também a degradação da natureza e do meio ambiente, na procura por energia e matérias-primas para serem manufaturadas.

Conforme a industrialização avançava, também avançava o Capitalismo, mas já não bastava a exploração dos trabalhadores, era preciso transformá-los também em consumidores em nome do lucro.

Foi então, em nosso modo de ver, criada a arma mais eficiente do capitalismo, a propaganda, aproveitando e estimulando um sentimento inerente ao ser humano, o Desejo.

Como cultura, instalou-se o Consumismo e o agregação de valores ao produto em nome do lucro.

A maneira de nos defendermos desse capitalismo selvagem é termos consciência do que é necessário e do que é desejo: necessário é o que se precisa para viver, trabalhar; desejos são os supérfluos que alimentam nossas carências. Vivemos um tempo em que os governos não passam de gerentes de negócios do capitalismo, e aqueles que ousam discordar caem. O “mercado” disfarçado de deus é implacável.

Não mais necessitam os capitalistas promover guerras, gastar milhões em deslocamentos de pessoas e produção de armas para controlar o mundo! O desabastecimento de alimentos e gêneros de primeira necessidade, como remédios, é suficiente para desestabilizar qualquer país com democracia consolidada ou ditadura duradoura. Uma dezena de empresas produz o alimento geneticamente modificado, o agrotóxico adequado para a produção desse alimento e, pior, o medicamento para tratar as intercorrências causadas pelo consumo do alimento envenenado consumido; ou seja, esses capitalistas controlam a vida em sua plenitude, decidindo quem vai se alimentar e quem vai morrer de fome, quem vai ter acesso a medicamentos e vacinas e quem vai sucumbir às doenças, tudo em nome do lucro.

Cabe ao povo retomar seu próprio destino, enfrentar o poderio capitalista mundial e construir uma nova sociedade na qual o direito de todos a uma vida digna e igualitária deixe de ser palavra de ordem e se torne realidade.

“Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem”
Rosa Luxemburgo

Raízes Socialista – Abril de 2022.

Referências

  1. Contato: raizessocialista@gmail.com

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