Newsletter 01 de dezembro de 2023 – Palestina Livre

O número de mortos pelo exército israelense chegou a 178 até o momento, incluindo 3 jornalistas, além de 589 feridos, a maioria dos quais são crianças e mulheres.

Palestina Livre, do rio ao mar!


Newsletter 1 de dezembro de 2023

Embaixada do Estado da Palestina no Uruguai

🔴 BOLETIM DIÁRIO SOBRE A SITUAÇÃO NO TERRENO🔴

Hoje, a ocupação israelense retomou sua agressão e intensos bombardeios contra a já sitiada Faixa de Gaza pelo 56º dia, minutos após o fim da “trégua humanitária” temporária que durou apenas uma semana.

🔳 Philippe Lazzarini/ UNRWA: “Estamos mais do que preocupados porque hoje não foi permitida a entrada de ajuda humanitária em Gaza, incluindo combustível. A pausa chegou ao fim. As forças israelenses retomaram as operações militares, muitos serão deslocados e até buscarão refúgio nos já lotados abrigos da UNRWA. Dias muito tristes estão por vir.”

Em um balanço não definitivo, no qual os números se baseiam nos corpos que chegam aos hospitais; a agressão da ocupação israelense contra nosso povo em Gaza e na Cisjordânia matou 16.247 além de 39.000 feridos desde 7 de outubro.

⚠ DADOS E NÚMEROS ATUALIZADOS

Faixa de Gaza: mais de 16.000 mortos e mais de 36.000 feridos.

Cisjordânia: 247 mortos e mais de 2.950 feridos.

O colapso dos serviços e comunicações nos hospitais do norte de Gaza provocou a ausência de números cumulativos atualizados de mortos e feridos.

🔴 6.150 crianças mortas.

🔴 4.000 mulheres e 695 idosos mortos.

🔴 7.000 desaparecidos, incluindo 4.700 crianças.

🔴 1,7 milhão de deslocados: 15% deles com capacidades diferentes.

🔴 205 trabalhadores da saúde foram mortos.

🔴 25 membros da Defesa Civil e Resgate foram mortos.

🔴 67 jornalistas foram mortos.

🔴 50 instalações da UNRWA destruídas.

🔴 60% das unidades habitacionais destruídas.

🔳 No primeiro dia após a “trégua humanitária”:

👉 O número de mortos pelo exército israelense chegou a 178 até o momento, incluindo 3 jornalistas, além de 589 feridos, a maioria dos quais são crianças e mulheres.

👉 Os bombardeios da ocupação israelense, por terra, mar e ar, atingiram várias áreas do norte, centro e sul da Faixa de Gaza. A maioria das vítimas são crianças e mulheres.

👉 As forças de ocupação informaram à PRCS e a todas as organizações e entidades que operam na travessia terrestre de Rafah que os caminhões de ajuda do lado egípcio estão proibidos de entrar na Faixa de Gaza, a partir de hoje e até novo aviso, e que a travessia deve ser esvaziada dos caminhões do lado palestino o mais rápido possível.

👉 Fontes hebraicas: “Netanyahu informou a Blinken de sua intenção de estabelecer uma zona de segurança profunda dentro da Faixa de Gaza após a guerra”.

👉 Casa Branca: Continuamos trabalhando com Israel, Egito e Catar nos esforços para restabelecer a trégua humanitária em Gaza.

🔳 Repúdio à retomada da agressão militar israelense em Gaza:

👉 Parlamento Árabe: “Denuncia a retomada por parte de Israel, a potência ocupante, de sua agressão contra a Faixa de Gaza, e os contínuos ataques contra civis, incluindo crianças, mulheres e idosos, e a demolição de casas, em uma cena que confirma o desprezo da ocupação pelas normas do direito internacional e encarna a incapacidade da comunidade internacional de desempenhar seu papel mínimo de proteger os civis e pedir um cessar-fogo.”

👉 Zimbábue: “As atrocidades israelenses na Faixa de Gaza excederam a capacidade de absorção. A República do Zimbábue continuará a apoiar o povo palestino em sua luta legítima contra a ocupação israelense, sem hesitar, porque passamos pelas mesmas condições de luta durante nossa luta contra o regime do apartheid durante o domínio branco.”

👉 Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza é um crime contra a humanidade e um crime de guerra cujos autores devem prestar contas de acordo com o direito internacional. O massacre de crianças e mulheres pelos ataques israelenses não pode ser justificado de forma alguma.”

👉 Organização de Cooperação Islâmica: “Condena energicamente a retomada da brutal agressão militar da ocupação israelense contra a Faixa de Gaza, considerando que isso representa um crime de guerra contínuo que merece responsabilidade e punição. A organização pediu à comunidade internacional, especialmente ao Conselho de Segurança da ONU, que assuma suas responsabilidades para impor um cessar-fogo que ponha fim a esses contínuos crimes israelenses.”

👉 Ministério jordaniano de Assuntos Exteriores: “Rejeitamos e condenamos a retomada da agressão israelense na Faixa de Gaza, e pedimos à comunidade internacional que assuma suas responsabilidades, é necessário dissuadir Israel de cometer mais crimes contra civis e ponha fim à sua guerra sem sentido contra Gaza. É necessário respeitar o direito internacional e o direito internacional humanitário, e fornecer proteção internacional ao povo palestino, unindo esforços para deter a guerra furiosa em Gaza.”

👉 Ministério de Assuntos Exteriores do Egito: “Condena o colapso da trégua e os novos bombardeios violentos israelenses sobre a Faixa de Gaza e adverte sobre as consequências do deslocamento forçado dos palestinos de suas terras. O Egito expressa sua firme condenação da retomada da trégua, que provocou novas vítimas entre civis palestinos, considerando isso um grave revés e uma subestimação por parte da parte israelense de todos os esforços realizados nos últimos dias. O Egito adverte contra a intenção de ampliar as operações militares israelenses no sul da Faixa de Gaza e as afirmações de líderes israelenses que incentivam o deslocamento de palestinos fora das fronteiras de Gaza em uma violação flagrante das obrigações de Israel como potência ocupante.”

👉 O Ministério de Assuntos Exteriores do Qatar sublinhou que o assassinato de civis e o castigo coletivo são inaceitáveis sob qualquer pretexto.

🔳 Equipe de Defesa Civil e Resgate de Gaza:

👉 “Recuperamos 300 corpos durante o período da trégua.”

👉 “Os mortos que foram recuperados estavam à beira da estrada e seus corpos não estavam sob os escombros, e não conseguimos cavar para procurar outros corpos.”

👉 “Há 25 mortos e mais de 100 feridos entre as equipes de defesa civil em Gaza desde 7 de outubro.”

👉 “Dois terços das ambulâncias e veículos de defesa civil foram bombardeados durante a agressão a Gaza.”

👉 “Não recebemos nenhum equipamento ou maquinaria que precisamos através da ajuda que entrou na Faixa.”

🔳 Assessor do Primeiro Ministro israelense: Um plano detalhado para estabelecer uma zona de amortecimento na Faixa de Gaza. O plano consiste em 3 níveis e lida com a era pós-Hamas. Os níveis do plano incluem destruir o Hamas e desarmar Gaza. A profundidade da zona de amortecimento não está clara e pode atingir um ou dois quilômetros dentro de Gaza.

👉 Antonio Guterres/SG da ONU: “Lamento profundamente que as operações militares tenham começado novamente em Gaza. Ainda espero que seja possível renovar a pausa que foi estabelecida. O retorno às hostilidades mostra apenas o quão importante é ter um verdadeiro cessar-fogo humanitário.”

👉 Catherine Russell/ UNICEF: “Hoje, Gaza volta a ser o lugar mais perigoso para ser criança. E o inverno está às portas. Todas as partes no conflito devem fazer todo o possível para proteger as vidas e o bem-estar de todas as crianças, não importa onde estejam. Não deveriam morrer mais crianças neste conflito.”

👉 Lynn Hastings/Coordenadora Residente e Humanitaria da ONU na Palestina: “Hoje, crianças, mulheres e homens em Gaza e Israel acordaram novamente para a guerra. As partes devem proteger os civis e garantir acesso aos atores humanitários para ajudar em toda Gaza conforme as necessidades.”

👉 Tedros Adhanom Ghebreyesus/ Diretor-Geral da OMS: “Estamos extremamente preocupados com a retomada dos combates em Gaza. O sistema de saúde foi paralisado pelas hostilidades em curso. Gaza não pode se dar ao luxo de perder mais hospitais ou leitos hospitalares. Precisamos de um cessar-fogo. Um cessar-fogo que seja mantido. Um cessar-fogo que avance em direção à paz.”

👉 Philippe Lazzarini/ UNRWA: “Tememos o pior se a ofensiva avançar para o sul de Gaza. No norte, tivemos 3/4 da população deslocada, 15.000 mortos, incluindo 10.000 mulheres e crianças, mais em 40 dias do que em dois anos de guerra na Ucrânia.”

👉 HRW: “Nenhuma atrocidade pode justificar outra. O castigo coletivo é um crime de guerra.”

👉 Francesca Albanese/Relatora Especial da ONU em TPO: “ALARMANTE. A Fase II da Guerra de Gaza corre o risco de empurrar a exausta população de Gaza para a fronteira com o Egito e ser deportada para o Sinai. Isso pode resultar no maior deslocamento forçado de palestinos em uma longa história palestina de transferências forçadas.”

👉 Congressista norte-americana Rashida Tlaib: “As imagens que saem de Gaza são horríveis. Netanyahu retomou sua campanha de bombardeios genocidas. Precisamos de um cessar-fogo permanente agora. Pôr fim ao apartheid. Palestina livre”.

👉 Kenneth Roth/Ex-diretor executivo da Human Rights Watch: Israel tem bombardeado alvos que não são claramente de natureza militar: residências privadas, prédios públicos, infraestrutura e blocos de grande altura. O objetivo de atacar esses “alvos de poder” é “levar os civis a pressionar o Hamas”, o que é um crime de guerra.

👉 Dr. Rik Peeperkorn/OMS em TPO: “Cheguei a Gaza ontem. Apesar da terrível situação que estava se desenrolando lá, quando conheci alguns membros de nossa equipe, ainda fui recebido com os mesmos sorrisos calorosos de sempre. Sinto-me verdadeiramente honrado pela resiliência, dedicação e coragem da equipe da OMS, que continua trabalhando contra vento e maré.”

⚠ CISJORDÂNIA E JERUSALÉM:

🔳 As forças de ocupação israelenses invadiram esta tarde as aldeias de Jalboun e Faqoua, ao nordeste de Jenin.

🔳 Os moradores das aldeias de Umm Tuba e Sur Baher, ao sul de Jerusalém ocupada, anunciaram que não enviarão seus filhos para a escola amanhã, devido ao cerco e fechamento das duas aldeias há dois dias, pelas autoridades de ocupação israelenses.

🔳 Hoje, colonos cortaram 50 oliveiras antigas na aldeia de Qusra, ao sul de Nablus.

🔳 Hoje, as forças de ocupação israelenses prenderam três cidadãos de Hebron.

Embaixada do Estado da Palestina no Uruguai


Tradução: Marino Mondek


Você pode acessar o documento em espanhol aqui:

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