
Infelizmente, por diversos problemas, não conseguimos traduzir e publicar os boletins dos últimos dias. No entanto, como já é de praxe, a versão em espanhol do boletim atual e dos últimos não traduzidos estão no final deste documento.
“Os trabalhadores da saúde foram forçados a deixar 120 pacientes com casos difíceis, e bebês prematuros ainda estão dentro do complexo devido à dificuldade de remoção.”
Parem o massacre! Palestina Livre!

Newsletter 18 de novembro de 2023
Embaixada do Estado da Palestina no Uruguai
BOLETIM DIÁRIO SOBRE A SITUAÇÃO NO TERRENO
Aos 43 dias consecutivos do mais mortal bombardeio israelense por terra, mar e ar contra civis na Faixa de Gaza, o cheiro de morte ainda emana dos pátios e corredores dos hospitais, assim como das ruas e becos da Faixa. Os restos humanos de crianças, mulheres, jovens e idosos estão espalhados por todos os lados. Alguns deles se decompuseram, e outros foram devorados por cães e animais de rua, cenas ainda testemunhadas perante o mundo.
Ministra da Saúde: “O que está acontecendo contra hospitais, médicos e pacientes na Faixa de Gaza é uma agressão flagrante, um crime atroz e um genocídio contra todo o setor de saúde.”
Em um balanço não definitivo, no qual os números se baseiam nos corpos que chegam aos hospitais; a agressão da ocupação israelense contra nosso povo em Gaza e na Cisjordânia matou 12.012, além de 32.300 feridos desde 7 de outubro.
DADOS E NÚMEROS ATUALIZADOS
Desde 11 de novembro, após o corte dos serviços e comunicações por parte das forças de ocupação israelenses nos hospitais do norte de Gaza, o Ministério da Saúde não pode atualizar as cifras de vítimas. Este boletim mostra os últimos e atualizados dados que o ministério pôde obter após várias tentativas com o COE em Gaza.
Faixa de Gaza: mais de 11.800 mortos e mais de 29.500 feridos.
Cisjordânia: 212 mortos e mais de 2.800 feridos.
4.900 crianças mortas.
75% das vítimas em Gaza são crianças e mulheres
26 dos 35 hospitais na Faixa estão fora de serviço.
3.155 mulheres e 690 idosos mortos.
3.750 desaparecidos, incluindo 1.750 crianças.
1,6 milhão de deslocados: 15% deles com ao menos uma deficiência.
205 membros da equipe de saúde foram mortos.
36 membros da Defesa Civil e Resgate foram mortos.
55 ambulâncias fora de serviço.
50 instalações da UNRWA destruídas
7 igrejas e 73 mesquitas bombardeadas.
58% das unidades habitacionais na Faixa de Gaza foram destruídas.
278 escolas bombardeadas.
Os últimos dados indicam que 807.000 pessoas permanecem no norte da Faixa de Gaza.
Somente hoje:
As tropas israelenses forçaram, sob a mira de armas, todos os médicos, pacientes feridos e deslocados do hospital de Shifa a saírem do hospital a pé.
Israel bombardeou duas escolas, uma delas da UNRWA em Jabaliya, matando e ferindo centenas, a maioria das quais eram crianças e mulheres deslocadas.
Israel bombardeou um prédio residencial nos arredores de Khan Younis, ao sul da faixa, matando pelo menos 26 pessoas.
Dezenas de condenações após os dois massacres israelenses nas escolas Al-Fakhoura e Tal Al-Zaatar no campo de refugiados de Jabalia, ao norte de Gaza. Al-Fakhoura foi alvo de bombardeio direto por parte de aviões de ocupação há uma semana também, matando pelo menos 12 palestinos na época.
As forças de ocupação continuam impondo um cerco ao Hospital Árabe Bautista na cidade de Gaza, e as equipes médicas não podem sair e chegar aos feridos de forma segura.
Catherine Russell/ UNICEF: “Estamos vendo imagens horríveis de crianças e civis mortos em Gaza – mais uma vez – enquanto se abrigam em uma escola que sempre deve estar protegida. A matança deve parar. O sofrimento deve parar. Essa pesadelo para as crianças deve parar agora.”
OCAH: “Dezenas de pessoas supostamente morreram enquanto se refugiavam na escola Al-Fakhoura no norte de Gaza, muitas crianças entre os mortos. Nenhum lugar é seguro em Gaza hoje, nada é sagrado. Essa abominação deve parar. As regras da guerra devem ser respeitadas.”
Bernie Sanders: “Há um terrível desastre humanitário em Gaza. Israel deve parar os bombardeios agora e permitir que quantidades massivas de ajuda humanitária, incluindo combustível, cheguem a quem precisa.”
Philippe Lazzarini/ UNRWA: “Recebo imagens e vídeos horríveis de dezenas de pessoas mortas e feridas em outra escola da UNRWA que abriga milhares de deslocados no norte da Faixa de Gaza. Esses ataques não podem se tornar comuns; eles precisam parar. Um cessar-fogo humanitário não pode esperar mais.”
OIC: “Os massacres nas escolas Tal Al-Zaatar e Al-Fakhoura são uma continuação dos crimes de limpeza étnica e genocídio.”
Anistia Internacional: “Mais de um terço das vítimas da agressão israelense à Faixa de Gaza eram crianças, enquanto inúmeras vítimas permanecem sob os escombros. Outros milhões em Gaza enfrentam mais deslocamentos, destruição de propriedades e sofrimento.” e publicou “uma petição pedindo um cessar-fogo imediato, por parte de todas as partes, para pôr fim ao derramamento de sangue de civis e garantir o acesso humanitário a Gaza.”
Ministério da Saúde:
As forças de ocupação israelenses forçaram a evacuação do Complexo Médico Shifa, na sua maioria de feridos, doentes, deslocados e pessoal de saúde, dirigindo-se para o sul a pé em condições muito difíceis.
Não há nenhum hospital na Faixa de Gaza com capacidade para abrigar crianças, feridos, prematuros e deslocados que foram forçados pela ocupação a evacuar o Complexo Médico Shifa.
Fazemos um apelo às instituições internacionais para intervir imediatamente e trabalhar para transferir bebês prematuros e feridos do Complexo Shifa na Faixa de Gaza para hospitais na Cisjordânia ou hospitais no Egito.
Entre 11 e 18 de novembro, 51 pacientes, incluindo bebês prematuros, morreram no Complexo Shifa devido a um corte de energia após o esgotamento do combustível e o cerco da ocupação ao complexo.
Os trabalhadores da saúde foram forçados a deixar 120 pacientes com casos difíceis e bebês prematuros ainda estão dentro do complexo devido à dificuldade de remoção.
O Presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, em uma mensagem ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden:
Pediu uma intervenção urgente para deter os ataques da ocupação e o terrorismo dos colonos, alertando para uma explosão iminente.
A história não absolverá ninguém do genocídio contra nosso povo.
Nosso povo está exposto a crimes de guerra que exigem punição e não podem ser justificados como autodefesa.
Nosso povo permanecerá firme em sua terra até alcançar seus legítimos direitos.
CISJORDÂNIA E JERUSALÉM:
Cinco jovens palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense no campo de refugiados de Balata, perto de Nablus, e outros dois foram mortos nas cidades de Tubas e Jenin, respectivamente.
O chamado Ministro da Segurança Nacional do governo extremista de ocupação israelense, Itamar Ben Gvir, anunciou esta tarde que um comitê parlamentar afiliado à Knesset discutirá na segunda-feira o projeto de lei sobre a “execução de prisioneiros palestinos”. O impulso para aprovar essa lei extremista faz parte do genocídio empreendido pela ocupação israelense contra nosso povo na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
As forças de ocupação israelenses prenderam três cidadãos da aldeia de Sidon, ao norte de Tulkarem.
Os residentes do Bairro Armênio e da comunidade armênia em Jerusalém continuam sob ameaças dos colonos e abusos do exército israelense.
Embaixada do Estado da Palestina no Uruguai
Tradução: Marino Mondek
Você pode acessar o documento em espanhol aqui:
Documentos anterioes não traduzidos