Pelo 45º dia consecutivo, Israel continua seus ataques mais letais por terra, mar e ar contra civis na Faixa de Gaza. Enquanto o mundo comemora a adoção, em 1989, da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, o tratado de direitos humanos mais amplamente ratificado da história, Israel persiste na trágica estatística de assassinar uma criança palestina a cada 10 minutos.
Palestina Livre, do rio ao mar!
Boletim Informativo – 20 de Novembro de 2023
Embaixada do Estado da Palestina no Uruguai
🔴 RELATÓRIO DIÁRIO SOBRE A SITUAÇÃO NO TERRENO🔴
Pelo 45º dia consecutivo, Israel continua seus ataques mais letais por terra, mar e ar contra civis na Faixa de Gaza. Enquanto o mundo comemora a adoção, em 1989, da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, o tratado de direitos humanos mais amplamente ratificado da história, Israel persiste na trágica estatística de assassinar uma criança palestina a cada 10 minutos.
🔳 Thomas White/UNRWA: “Tivemos que tomar decisões difíceis sobre qual ajuda para salvar vidas priorizar: as águas residuais continuarão chegando às ruas, já que só podemos fornecer combustível suficiente para fazer as bombas funcionarem a 55% de sua capacidade.”
Num balanço preliminar, onde os números são baseados nos corpos que chegam aos hospitais, a agressão de Israel contra nosso povo em Gaza e Cisjordânia resultou em 12.916 mortos e 32.500 feridos desde 7 de outubro.
⚠ DADOS E NÚMEROS ATUALIZADOS
Faixa de Gaza:
Mais de 12.700 mortos e mais de 30.000 feridos.
Cisjordânia:
216 mortos e mais de 2.800 feridos.
🔴 Defense for Children – Palestine: As forças israelenses já ceifaram a vida de mais de 5.000 crianças palestinas em Gaza. Isso equivale a cerca de 9 a 10 salas de aula de estudantes sendo apagadas da face da terra todos os dias pela ofensiva implacável do exército israelense em Gaza.
🔴 3.250 mulheres e 695 idosos foram mortos.
🔴 75% das vítimas em Gaza são crianças e mulheres.
🔴 4.500 pessoas estão desaparecidas, incluindo 3.500 crianças.
🔴 26 dos 35 hospitais na Faixa estão fora de serviço.
🔴 Apenas 1 hospital está operacional no norte da Faixa.
🔴 55 ambulâncias estão fora de serviço.
🔴 1,6 milhão de deslocados, sendo 15% deles com necessidades especiais.
🔴 205 membros da equipe de saúde foram mortos.
🔴 36 socorristas da Defesa Civil foram mortos.
🔴 60 jornalistas foram mortos.
🔴 50 instalações da UNRWA foram destruídas.
🔴 7 igrejas e 73 mesquitas foram bombardeadas.
🔴 59% das unidades habitacionais na Faixa de Gaza foram destruídas.
🔴 278 escolas foram bombardeadas.
🔳 As forças de ocupação israelenses continuam um cerco contínuo ao Hospital Indonesio, ao norte da Faixa de Gaza, atacando todos que se movem ao seu redor:
👉 12 pessoas foram mortas nesta manhã devido a ataques aéreos e de artilharia, sem a possibilidade de retirar os corpos.
👉 A perseguição a cidadãos que deixaram o hospital continua.
👉 Cadáveres estão espalhados ao redor do hospital.
👉 Pacientes, feridos e trabalhadores da saúde estão no piso inferior devido a intensos disparos da ocupação nos pisos superiores.
👉 O hospital opera com um pequeno gerador.
👉 O hospital abriga milhares de deslocados, cerca de 700 membros da equipe médica, feridos e seus acompanhantes, temendo-se um massacre iminente.
🔳 OMS: “Consternados com o ataque ao Hospital Indonesio em Gaza, que aparentemente resultou em 12 mortes, incluindo pacientes, e dezenas de feridos, alguns críticos e potencialmente fatais. Trabalhadores da saúde e civis nunca deveriam ser expostos a tal horror, especialmente dentro de um hospital.”
👉 PRCS: Evacuação de 28 bebês prematuros para tratamento médico em hospitais egípcios, coordenada pela (OMS) e (OCHA).
👉 UNICEF: “Crianças em Gaza estão expostas à destruição contínua, ataques, deslocamento e escassez grave de alimentos, água e medicamentos. A guerra no Oriente Médio está causando um número chocante e inaceitável de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças. Isso precisa parar. Um cessar-fogo humanitário imediato.”
👉 Lynn Hastings/ONU: “No Dia Mundial da Criança, reitero meu apelo a todas as partes no conflito para protegerem as crianças palestinas e israelenses e seus direitos.”
👉 Sarah Hendriks/ONU Mulheres: “Calculamos que a cada hora duas mães palestinas são mortas. Quase 800.000 mulheres e meninas palestinas foram deslocadas à força na guerra de Israel contra Gaza.”
👉 PNUD: “Milhares de crianças morreram em Gaza. Crianças não são alvos. Toda criança merece uma infância livre de medo e violência.”
👉 David Miliband/Comitê Internacional de Resgate: “As crianças palestinas merecem um cessar-fogo.”
👉 Reem Al-Salem/ONU sobre violência contra mulheres e meninas: “O ataque à dignidade e aos direitos das mulheres palestinas adquiriu dimensões novas e aterrorizantes, e milhares delas se tornaram vítimas de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.”
👉 Al-Mezan: “Nos últimos 45 dias em Gaza: cerca de 5.350 crianças palestinas foram mortas, milhares estão desaparecidas nos escombros, mais de 1 milhão correm o risco de morrer de fome. Instamos o CPI(Corte Penal Internacional) para emitir imediatamente ordens de prisão contra os responsáveis israelenses por crimes flagrantes que afetam as crianças palestinas.”
🔳 Ministério da Educação: Mais de 5.000 crianças, incluindo mais de 3.000 estudantes, foram mortas desde o início da agressão israelense à Faixa de Gaza. “As cenas de assassinato de crianças e estudantes na Faixa de Gaza ultrapassaram todas as normas e convenções, revelando a mentalidade da ocupação e seu contínuo ataque à educação em todo o país.”
🔳 Como parte de suas investigações em andamento sobre violações das leis de guerra, a Amnistia Internacional documentou dois casos que podem ser considerados exemplos das práticas israelenses em Gaza, onde 46 civis, incluindo 20 crianças, perderam a vida. A vítima mais velha tinha 80 anos, enquanto a mais jovem não tinha mais de três meses.
A Amnistia Internacional concluiu que essas incursões não diferenciavam entre combatentes e civis, constituindo possíveis crimes de guerra que devem ser investigados. A organização destacou o flagrante desprezo das forças israelenses pelo direito internacional humanitário, afirmando que a intensidade e crueldade do bombardeio atual não têm precedentes.
🔳 O Observatório Econômico do Ministério de Economia Nacional afirmou que 25% dos estabelecimentos industriais e comerciais estavam total ou parcialmente fechados na Cisjordânia. Na Faixa de Gaza, a produção quase parou completamente devido à atual agressão israelense. A capacidade de produção das instalações industriais diminuiu 50%, e 90% dos estabelecimentos reduziram suas vendas mensais em média de 52%.
⚠ Cisjordânia e Jerusalém:
🔳 Mohammad Owais (25 anos) faleceu devido aos ferimentos críticos que sofreu há cerca de duas semanas, durante a agressão da ocupação à cidade de Jenin e sua região.
🔳 Autoridades palestinas competentes afirmaram que as forças de ocupação israelenses prenderam mais de (880) crianças desde o início deste ano, destacando que foram registradas (145) prisões de meninos e meninas no mês passado de outubro. O número de crianças detidas nas prisões de ocupação até o final de outubro passado ultrapassou (200) em prisões como (Ofer, Megiddo e Damoun), incluindo (26) crianças em detenção administrativa.
🔳 Hoje, autoridades de ocupação israelenses começaram a demolir um prédio residencial em construção na aldeia de Al-Za’im, a leste de Jerusalém. O edifício residencial está em construção e possui quatro andares, cada um medindo 360 metros quadrados.
🔳 Colonos destruíram um quarto residencial, tanques de água da escola Shaab al-Batam, painéis solares e danificaram 70 mudas de oliveira em Masafer Yatta, ao sul de Hebron. Na área de Tuba, também em Masafer Yatta, colonos destruíram forragem para o gado e cortaram tubulações de água pertencentes a famílias palestinas.
🔳 O exército israelense deteve 880 crianças palestinas desde o início deste ano. Mais de 200 crianças permanecem sob custódia, incluindo 26 mantidos sob detenção administrativa, sem acusação ou julgamento.
🔳 Hoje, segunda-feira, as forças de ocupação israelenses prenderam 50 cidadãos, incluindo 13 trabalhadores da Faixa de Gaza.
Embaixada do Estado da Palestina no Uruguai
Tradução: Marino Mondek
Você pode acessar o documento em espanhol aqui: