Tivemos um dos dias mais mortais nesses 21 dias de massacre na Palestina. Foram contabilizados 565 corpos assassinados e mais milhares sob os escombros, possíveis mortes sem confirmação. Dentre as vítimas, 2.913 são crianças e 940 ainda estão desaparecidas. Hoje, houve um corte na comunicação na Faixa de Gaza.
Palestina Livre, do rio ao mar, já!
🔴 RESUMO DIÁRIO DA SITUAÇÃO NO TERRENO🔴
Já são 21 dias consecutivos de bombardeios brutais realizados pelas forças de ocupação israelenses por ar, terra e mar contra os civis na Faixa de Gaza, onde cerca de 140 crianças palestinas estão perdendo a vida a cada dia.
🔳 Israel corta as comunicações telefônicas e a internet e intensifica os ataques aéreos, tornando impossível para os cidadãos entrar em contato com equipes de resgate ou enviar ambulâncias devido à interrupção das comunicações.
Em uma contagem ainda não definitiva, baseada nos corpos que chegam aos hospitais, a agressão das forças de ocupação israelenses contra nosso povo em Gaza e na Cisjordânia já resultou em 7.415 mortes, além de 20.517 feridos desde 7 de outubro.
⚠ DADOS E NÚMEROS ATUALIZADOS
Faixa de Gaza: mais de 7.305 mortos e mais de 18.567 feridos.
Cisjordânia: 110 mortos e mais de 1.950 feridos.
🔴 104 profissionais de saúde mortos e mais de 100 feridos.
🔴 34 jornalistas mortos.
🔴 Funcionários da ONU: 57 mortos.
🔴 12 hospitais inoperantes.
🔳 ONU: Existem 1,4 milhão de deslocados em Gaza. Os abrigos carecem de recursos adequados, o que está levando a surtos de doenças.
🔴 380 casos de pós-parto que necessitam de atenção médica.
🔴 4.600 mulheres grávidas.
🔴 48.360 pessoas com necessidades especiais vivem em Gaza.
🔳 Defense for Children International: As forças israelenses já mataram 2.913 crianças palestinas em Gaza, e pelo menos outras 940 ainda estão desaparecidas sob os escombros.
🔳 OMS: O sistema de saúde está sobrecarregado devido aos ataques repetidos a instalações e profissionais de saúde. O acesso a serviços de saúde, água potável, alimentos e combustível está diminuindo, o que agrava ainda mais um sistema de saúde já enfraquecido. Essa situação coloca em risco a vida de mais civis. A escalada das hostilidades já se estendeu para a Cisjordânia, Jerusalém Oriental, Líbano, a fronteira com Israel e a Síria, com o risco de se espalhar para outros países da região, incluindo Jordânia, Irã e Iraque.
🔳 A UNRWA documentou o deslocamento de cerca de 629.000 cidadãos palestinos para 150 de seus abrigos. A UNRWA relatou que esses abrigos agora abrigam três vezes a sua capacidade. Atualmente, 38.000 pacientes estão residindo nesses abrigos e precisam de tratamento urgente.
🔳 OXFAM acusou Israel de aplicar uma política de “punição coletiva” a mais de dois milhões de civis na Faixa de Gaza. A organização afirmou hoje que o uso de Israel da fome como arma é “inadmissível” e destacou a necessidade de ajuda urgente e um cessar-fogo.
🔳 O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, alertou contra o deslocamento forçado de cidadãos palestinos na Faixa de Gaza e destacou que isso constitui um “crime de guerra”. Ele enfatizou a necessidade de encontrar uma alternativa para evitar essa tragédia, acrescentando que “milhares de pessoas morreram entre edifícios residenciais, mesquitas e padarias destruídas. Temos recebido relatos terríveis de famílias inteiras mortas em ataques aéreos contra suas casas, incluindo famílias de nossos funcionários. Pessoas escrevendo os nomes de seus filhos em seus braços para identificar seus restos e passando noites aterrorizadas ao ar livre, enquanto os ataques aéreos continuam”.
🔳 A UNESCO expressou “profunda preocupação com o impacto das hostilidades em curso na Faixa de Gaza sobre estudantes e profissionais que trabalham no setor educacional”. Ela pediu a proteção dos edifícios educacionais, que muitas vezes se tornam refúgios para os moradores. A UNESCO enfatizou que atacar esses edifícios vai contra o direito internacional. O setor educacional em Gaza inclui mais de 625.000 estudantes e 22.000 professores, que atualmente enfrentam uma situação extremamente precária.
🔳 A Comissão de Investigação da ONU concluiu, com motivos razoáveis, que a Unidade Duvdevan das forças de segurança israelenses participou da operação em Jenin em maio de 2022 e que essa unidade matou a jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh “intencional ou imprudentemente”.
🔳 Líderes europeus concordaram ontem em pedir “corredores humanitários e tréguas” para permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza. O Conselho Europeu expressou profunda preocupação com a deterioração da situação humanitária em Gaza e pediu acesso contínuo, rápido, seguro e sem obstáculos à ajuda humanitária para todos aqueles que precisam dela por meio de todos os meios necessários, incluindo corredores humanitários e tréguas para as necessidades humanitárias.
🔳 O Vaticano afirmou que sua posição sobre a questão palestina é “dois povos e dois Estados, a única solução para um futuro de paz”.
🔳 Jonathan Kuttab: “Israel não está respeitando o segundo e o terceiro princípio de proporcionalidade e precaução, que complementam a distinção entre alvos militares e civis. Desde o início de seus ataques contra Gaza, Israel tem se comportado como se estivesse mais interessado em destruir do que em precisão.”
⚠ CISJORDÂNIA E JERUSALÉM:
🔳 Colonos israelenses destruíram mais de 200 mudas de oliveira, amendoeira e uva, cortaram tubos de irrigação, roubaram uma bomba de água de propriedade palestina e destruíram um tanque de água em Masafer Yatta. Também cortaram uma tubulação de água que abastece a comunidade de Sadda Al-Thaala e ameaçaram matar cidadãos.
🔳 Quatro jovens foram mortos em Jenin, esta madrugada, baleados pelo exército de ocupação israelense. Um deles, Qabha, tinha necessidades especiais. As forças de ocupação abriram fogo contra uma ambulância, detiveram-na e impediram que chegasse até outro deles, Al-Amer, depois que ele ficou ferido, deixando-o sangrar até a morte.
🔳 As escavadeiras de ocupação realizaram extensos trabalhos de nivelamento nos arredores do campo de refugiados de Jenin, destruindo ruas, infraestrutura e a tubulação principal de água que abastece o acampamento. Além disso, devastaram a rua Shireen Abu Akleh e destruíram o monumento construído em sua memória.
🔳 As forças de ocupação israelenses prenderam hoje 16 cidadãos de Hebron e 11 cidadãos de Belém.
🔳 As forças de ocupação impediram que fiéis com menos de 70 anos entrassem na Mesquita de Al-Aqsa. Pela terceira sexta-feira consecutiva, os habitantes de Jerusalém não conseguiram entrar em Al-Aqsa para orar.
🔳 Hoje, colonos invadiram uma nascente de água na aldeia de Qaryut, ao sul de Nablus, sob a proteção dos soldados de ocupação, e impediram o acesso dos cidadãos à área.
Você pode acessar o documento em espanhol aqui:
Publicaremos também dois documentos, em inglês, atualizados do governo palestino com o nome de todos os assassinados desde o dia 07.
Tradução: Marino Mondek