2020 é um ano muito duro para a classe trabalhadora. Uma pandemia, sem data para acabar, assola a sociedade, ceifando mais de 1,4 milhões de vidas ao redor do globo. No Brasil, como era esperado, a letalidade do COVID-19 tem sido uma das maiores do mundo. Com 3,6% da população mundial, o país registrou mais de 12% das mortes provocadas pela pandemia de coronavírus. A este cenário soma-se uma crise econômica e social de proporções colossais que será cada vez mais sentida pelos trabalhadores, em especial por nós trabalhadores de uma país subdesenvolvido e dependente.
Claro que dentro do Brasil a crise será desigual, os Estados mais periféricos sentirão mais, assim como os negros e as mulheres (que já possuem os trabalhos de pior remuneração) serão os mais impactados. A fome já é uma realidade em nosso país e ela tem cor e gênero.
Dentro deste cenário, é fundamental combater o fortalecimento da solução autoritária que vem sendo encaminhada pela burguesia, seja ela na forma aberta de uma direita contra a ordem, com faz Bolsonaro, seja na forma velada de uma direita dentro da ordem, com faz Dória e outros. Sem nenhuma ilusão que as urnas brasileira serão objeto de transformação social e com a devida clareza de que o atual estágio de desenvolvimento e crise capitalista não permite a criação de um novo pacto de classes, muito menos de estado de bem estar social, convocamos todos e todas à votar contra as candidaturas que representam o que há de mais antissocial, antinacional e antidemocrático na sociedade brasileira.
Em São Paulo: vote 50, Guilherme Boulos!
Em Belém: vote 50, Edmilson Rodrigues!
Nas outras cidades que tenham segundo turno, votem contra as soluções autoritárias.
Em Porto Alegre: nenhum voto em Mello!
Em Vitória: nenhum voto em Delegado Pazolini!
Em Fortaleza: nenhum voto em Capitão Wagner!
E assim por diante!
Contrapoder, 27 de novembro de 2020