O PSOL vive um dilema: adaptar-se à ordem ou se reafirmar enquanto uma potência política pulsante e poderosa em defesa da classe trabalhadora, na institucionalidade, no parlamento burguês, mas principalmente no movimento social vivo do país, nas lutas dos explorados, sem-tetos, sem-terra, desempregados, trabalhadores. O caminho para o PSOL cacifar-se como uma alternativa de poder não é adaptando-se à ordem e justamente por isso, apoiar Lula e o PT no primeiro turno das eleições presidenciais de 2022 é sepultar o PSOL enquanto ferramenta independente da classe.
Os que defendem que o PSOL abdique de lançar candidatura própria para apoiar Lula no primeiro turno, evocam um inverno siberiano que não se comprova na conjuntura, não tem similaridade com a realidade, fazem da luta contra o fascismo uma desculpa para justificar a construção de frentes amplas, que não podem resultar em outra coisa senão adaptação a ordem do jogo. O jogo em que a burguesia sempre vence.
O PSOL nas lutas que deve encarnar em 2021, em especial em defesa da vacinação de todos os brasileiros, por um auxílio emergencial robusto ao conjunto da classe e pela derrubada de Bolsonaro e seus aliados, inevitavelmente terá que fazer o debate sobre tática eleitoral, para apresentar como alternativa, aquele que melhor encarna e vocaliza a voz do Partido, para os desafios do momento.
Em 2022 o PSOL precisa apresentar um projeto de país. Esse projeto de país precisa simbolizar a derrota do Governo Bolsonaro, mas não deve conter nele os vícios, os erros da conciliação de classes, que destruiu o PT enquanto alternativa independente, ou seja: ir além da conciliação e da adaptação a ordem, para reunir forças e revogar a Reforma da Previdência e o congelamento dos gastos públicos. É preciso construir o programa que simboliza a superação da experiência petista pela esquerda e pela aposta na mobilização popular como potência política, para mudar estruturalmente a sociedade e as regras do jogo.
O debate sobre esse projeto de país e esse programa da classe trabalhadora e dos de baixo, não está dissociado do debate sobre o nome que irá carregar a responsabilidade de falar em defesa de um outro projeto civilizacional para o país. No debate sobre o nome que mantém o PSOL vivo enquanto uma potência política independente da classe trabalhadora, não temos nome mais adequado que o de Glauber Braga. O quadro certo para vocalizar o enfrentamento do PSOL ao Governo Bolsonaro, sem confundir ou diluir o projeto do PSOL, afirmando-o como alternativa de poder.
Na bancada do PSOL na Câmara, Glauber tem sido um exemplo extraordinário de parlamentar. Chamou Eduardo Cunha de gangster e Sérgio Moro de juiz ladrão, enfrentou com a mesma altivez a quadrilha parlamentar do PMDB que aplicou o golpe de 2016 e a casta podre e golpista do judiciário. O papel que Glauber joga no Congresso, contra o Governo Bolsonaro e a sua história na luta contra as contrarreformas que aprisionam o Brasil a um condição subalterna e dependente, que tornam o país incapaz de enfrentar os problemas da pandemia e do futuro, caciçam ele como um dos principais opositores ao Governo Bolsonaro.
Desde a fundação do PSOL o partido nunca teve seu programa tão bem resguardado quanto nas mãos de Plínio em 2010, que afirmou o PSOL enquanto alternativa independente, sem confundir-se com os limites da experiência petista. Em 2022, precisamos enfrentar o bolsonarismo reafirmando o PSOL enquanto potência política da classe trabalhadora. Glauber está à altura do desafio de reafirmar o PSOL enquanto alternativa, vocalizar um programa dos explorados e enfrentar Bolsonaro como o principal inimigo do povo brasileiro.
É Glauber Braga ! Nome certo do Psol a pré candidato a presidente .
A conciliação de Classe que Lula defende precisa ser criticada e avançar o projeto Democrático e Popular . Glauber será um excelente porta-voz dessa posição assumida pelo Psol que Ousa lutar .
Para construir um verdadeiro Poder Popular dos Trabalhadores, já deveríamos estar formatando o seu Programa que rompa e desconstrua o poder dominante. A construção de um outro Brasil que o descolonize definitivamente, passa pela construção do Programa de uma Revolução Nacional que integre todas as nações em Nação multi cultural e multi étnica em todas as dimensões da vida deste outro País possível, se e quando for assumido por todos(as/es).