Híbrido entre neofascismo e stalinismo, Alexander Dugin chega ao Brasil

Henrique Carneiro e Aldo Sauda*

Ultranacionalistas e tradicionalistas, mas contra as privatizações e a política externa vassala dos Estados Unidos. Antifeministas, antissemitas e anti-LGBTQ, mas agitadores da necessidade de uma revolução. Supremacistas brancos que se identificam com os governos autoritários da África e Oriente Médio. De inspiração mística cristã e messiânica, o Duginismo – ideologia de origem russa surgida nos anos 90 a partir da mistura entre fascismo e stalinismo na obra de Alexander Dugin – também aparece no Brasil, dentro e fora da internet.

O que mais aproxima este novo fascismo eslavista e eurasianista da velha esquerda stalinista é a sua interpretação das relações internacionais, marcada pela adesão à política externa russa. Seja na celebração à repressão policial em Minsk, no apoio incondicional ao ditador sírio Bashar Al Assad ou na denúncia daquilo que chamam de “revoluções coloridas”, incluindo os protestos de junho de 2013 no Brasil, se perfilam em apoio à Trump, Putin e Bolsonaro, chegando, nos EUA, a recrutar grupos da extrema direita que se tornaram admiradores de Dugin.

No Brasil, denominados de Nova Resistência, são anti-lulistas, mas simpáticos a Ciro Gomes [1], reivindicam também os governos de Díaz-Canel, em Cuba, e de Maduro, na Venezuela, e se diferenciam de sua matriz estadunidense, o New Resistance, que é abertamente pró-Bolsonaro e pró-Trump. Mas fazem uso do mesmo repertório e dos mesmos símbolos. São uma fachada de oposição anticapitalista e antiliberal com uma inclinação evidentemente de direita. 

Duginismo e neofascismo 

Todos esses grupos são inspirados pela chamada “quarta teoria política”, denominação pela qual o propagandista russo Alexander Dugin anunciou a si próprio como filósofo.  A quarta teoria seria supostamente o projeto russo do século XXI, como a sucessão e superação política e ideológica de três sistema de pensamento e de hegemonia política anteriores: o liberalismo, o comunismo e o fascismo. Para Dugin, que é convertido a um ramo ainda mais ortodoxo do cristianismo ortodoxo (os Velhos Crentes), seria “necessário repensar a Segunda [Comunismo] e a Terceira [Fascismo] teorias políticas, retirando delas o que é preciso rejeitar e mantendo o que é valioso” [2].

Autor de obras geopolíticas eurasianistas reivindicadas pelos apoiadores de Putin, defende o espaço da antiga URSS como um terreno natural de expansão e integração russa na perspectiva do nacionalismo pan-eslavo cristão de Moscou, que seria a “Terceira Roma”, no qual os princípios metafísicos de uma geografia “sagrada” se explicitam para uma defesa de algo semelhante ao que os alemães chamavam de lebensraum (espaço vital).

Segundo Andreas Umland, escrevendo sobre Dugin, “nos anos 90, este autointitulado ‘neoeurasiano’ anunciou com entusiasmo o iminente nascimento de um ‘fascismo fascista’ na Rússia enquanto exaltava o organizador do Holocausto, Reinhard Heydrich, por ser um ‘euroasiático convicto’. Ao longo dos últimos anos, segundo Umland, a retórica de Dugin mudou de tom, com o autor atualmente se apresentando como representante do ‘extremo centro’. “Estranhamente, ele agora se apresenta abertamente como ‘antifascista’ e não hesita em caracterizar seus oponentes, dentro e fora da Rússia, como ‘fascistas’ ou ‘nazistas’. Paradoxalmente, ele o faz enquanto admite que suas ideias são alinhadas às dos irmãos Strasser durante o período de entreguerras na Alemanha.” [3]  E enquanto é verdade que os irmãos Strasser romperam com Hitler nos anos 30 por defenderem ideias supostamente à esquerda do ditador alemão, o fizeram por dentro dos marcos do partido nazista, organização que estruturaram e popularizaram ao longo dos anos 20. 

Inicialmente ligado ao grupo neofascista Pamyat, Dugin se associou, em 1998, com ao chamado “nacional-bolchevismo” do bizarro poeta punk Eduard Limonov, para fundar mais tarde o “partido eurasiano”.

A era Putin articulou um sólido aparato ideológico para justificar seus vinte anos de governo. Híbrido entra a KGB, o ultranacionalismo eslavo cristão e um capitalismo subordinado e cúmplice do mercado global, mas antagonista militar do domínio global estadunidense e ameaçado também pela rivalidade da emergência acelerada da nova potência chinesa.

O sistema político e ideológico do putinismo é tão opaco como diverso, possuindo pilares no cristianismo ortodoxo restaurado após a dissolução da União Soviética, em 1991, que atualmente existe com enorme potência econômica, além de ideológica. Stalinismo nostálgico transformado em mero culto do homem forte; em uma juventude de massas com traços militaristas, puritanos e homofóbicos. No nível mais refinado da teoria geopolítica e da filosofia política, é em Dugin que se encontra um de seus mais influentes pensadores. Sua formação reside no tradicionalismo, na revolução conservadora e no eslavismo eurasianista como ideologia imperial cristã oposta ao liberalismo ocidental e ao islamismo.

No panorama global, a evidência maior do cálculo geopolítico e ideológico do governo russo em direção da extrema-direita é o seu apoio a Trump, melhor evidenciado na disputa eleitoral de 2016. Na Europa, seu apoio a todos os movimentos antieuropeístas, como o Brexit, mas, sobretudo, aos partidos de extrema direita da Europa ocidental, como o grupo Alternative für Deutschland (AfD), principal organização neonazista da Alemanha, revelam a natureza do putinismo. Esta constelação de grupos neo-fascistas pro-Putin, segundo Rohini Hensman, melhor se expressou na composição política dos ‘observadores internacionais’ levados por Moscou para legitimar o ‘referendo’ ocorrido na Crimeia, que avalizava a anexação russa em 2014. A maioria dos grupos vieram da extrema direita europeia: 

Freiheitliche Partei (FPÖ) e Bündnis Zukunft da Áustria, os belgas Vlaams Belang e Parti Communautaire National-Européen, o búlgaro Ataka, o Front National da França, o Jobbik da Hungria, Lega Nord e Fiamma Tricolore da Italia, o grupo polonês Samoobrona, o movimento sérvio ‘Dveri’, os espanhóis da Plataforma per Catalunya. Foram convidados para dar legitimidade ao ‘referendo’ pelo Observatório Euroasiático por democracia e eleições (EODE) – um nome dissimulado da “ONG internacional” fundada e encabeçada pelo neonazista belga Luc Michel, um seguidor leal do neonazista belga condenado por colaboração com a Alemanha durante a segunda guerra mundial, Jean-François Thiriart’.” [4]

O duginismo possui fontes comuns à extrema-direita brasileira, tendo como interlocutor o guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho. Ambos se inspiram no tradicionalismo da filosofia perene de René Guénon, na nova direita francesa de Alain de Benoist e François Bosuquet, e no esoterismo e paganismo neo-místico que, paradoxalmente, acaba servindo para dar fôlego a um cristianismo em crise. No campo da teoria, aquilo que afasta Carvalho de Dugin é a interpretação do papel dos EUA na suposta “revolução conservadora”. Enquanto para Carvalho os Estados Unidos teriam um papel central no resgate do tradicionalismo ocidental, para Dugin, a ideologia pós-moderna e identitária, em particular o peso dos movimentos LGBTQ, feministas e antirracistas na sociedade americana fariam dos EUA terreno inóspito a sua revolução conservadora. 

Quem é a “Nova Resistência”? 

Destaca-se nas redes duginistas brasileiras o grupo denominado de “Nova Resistência” [5] . Na página do Facebook em inglês do grupo New Resistance [6], se encontram defesas do supremacismo branco contra uma suposta visão “neo-marxista, bioleninista, afrocêntrica” de que “brancos” não seriam tão bons nos esportes:

Cultura Física é NOSSA Cultura. Não aceite o mito Neo-Marxista/Bioleninista/Afrocêntrico de que as pessoas europeias não são capazes de ascender no esporte que quiserem. Apesar da guerra psicológica e dos programas de culpa das corporações esportivas contra nós, dos fundos desproporcionais e das oportunidades disponíveis para “outros” por meio das tentativas de engenharia social liberais, do controle do esporte universitário pelos justiceiros sociais, programas de ingresso e outros atos insidiosos”. [7]

Também defendem os líderes “populares-nacionalistas” como Putin, Trump e Bolsonaro, contra os “líderes inimigos” Biden, Macron e Trudeau, nos seguintes termos:

Prestem atenção. Os líderes Populares-Nacionalistas da Europa se cercam de animais amistosos, soldados, atletas, belas mulheres e mentes esotéricas. Tais como Trump, Putin, Bolsonaro. Os líderes inimigos se arrastam com crianças bonitinhas, vestem lenços Wakanda e se ajoelham para o nonsense. Tais como Biden, Macron, Trudeau.” [8]

Depois exaltam um dos líderes dos esquadrões da morte de El Salvador, D’Aubisson, como um herói que queimava vivos seus inimigos:

Um REAL herói Euro-Latino. F**a-se Evo Morales e Lula. Nós apresentamos o guerreiro salvadorenho Robert D’Aubisson. De soldado da extrema-direita a especialista em guerra assimétrica e fundador do ainda existente partido político nacionalista ARENA, o franco-salvadorenho D’Aubisson liderou uma contra-insurgência sangrenta que impediu que sua amada nação se tornasse um falido estado cliente da URSS. A esquerda o chamou de Bob Tocha, devido ao seu gosto particular em métodos duros de interrogatório contra radicais liberais. Alguns até dizem que ele inspirou a expressão “esquadrão da morte”, mas não podemos afirmar com certeza. O que podemos dizer é que Verdadeiros Heróis nunca morrem!”. [9]

No dia 22 de agosto de 202, a página do New Resistance no Facebook postou o seguinte sobre o Brasil:

Sentimos com muita força que o Brasil é tanto na prática como esotericamente uma das nações globalmente mais importantes para os Europeus tanto hoje como nos dias do porvir. De fato, o Brasil tem a mais alta população de sangue europeu no planeta. Nós consideramos o Brasil, mesmo que único, como uma extensão da Europa. Da mesma maneira que os EUA e muitas outras nações.

A Europa existe onde quer que coloquemos nossos pés!

Desde que nada pode mesmo ser simples nesta época, é preciso deixar claro que, mesmo que eles usem nossos símbolos e slogans, nós não temos NADA a ver com o grupo brasileiro usando nosso nome. Por que? Versão curta: Muitos anos atrás, deixamos eles se juntarem a nós e pareciam afinados conosco. NR-B perdeu o rumo e sua liderança perdeu a sua vontade e os seus corações. Eles são agora essencialmente um grupo de extrema esquerda e, do ponto de vista prático, não diferem dos antifas que se deitam juntos com coisas como o PDT e o PSOL. Eles são totalmente o inimigo. (…) Nós apoiamos o Presidente Jair Bolsonaro”. [10]

Esse grupo estadunidense deixa explícito seu caráter, que seria, segundo eles, distinto do grupo brasileiro que usa o mesmo nome, lema e símbolos, considerado pelos anglo-saxões como tendo mudado e  sendo hoje de “extrema esquerda” e “na cama com o PDT e o PSOL”.

No site europeu [11], sob mesmo nome, mesmo símbolo (uma estrela verde com NR dentro), e mesmo slogan, encontra-se um material aparentemente distinto, no entanto, em que se exalta figuras como o líbio Khadaffi, se propõe a dissolução da União Europeia, o retorno do “mito, do espírito e dessecularização”, rejeição tanto do liberalismo, como do comunismo e do fascismo, e o anúncio de uma “quarta teoria política”.

Entre as suas propostas, estão a “promoção da cultura heteronormativa” e “abolição da homossexualidade como uma realidade distinta e abstrata”. Defendem o que chamam de “Laocracia Digital por Blockchain Direto” (Direct Blockchain Digital Laocracy). Possuem também um link para a organização no Brasil e se definem como “socialistas” e “revolucionários”, mas, no entanto, não se definem nem como de esquerda nem de direita:

A NR-Europa, assim como sua organização fraternal NR-Brasil e seus membros nos EUA e Canadá, existem fora do que é comumente entendido como a dicotomia ideológica esquerda/direita, tanto na esfera econômica como na social”. [12]

No Brasil, o grupo intitulado “Nova Resistência”, é parte dessa corrente internacional do mesmo nome, mesmo que com divisões internas. Se definem como “rede autônoma de dissidentes brasileiros, composta por nacional-revolucionários, eurasianistas, nacional-bolcheviques, nacionalistas de esquerda, anticapitalistas de direita e adeptos da Quarta Teoria Política”, contrários a “políticas econômicas neoliberais, ao imperialismo atlantista e à influência sionista”.

No caso nacional, seu apelo maior é ao nacionalismo getulista e brizolista, defendido juntamente com exaltações ao poeta fascista Gabrielle D’Annunzio e seu feito na tomada da cidade de Fiume, em 1920. Nela, fascistas e até comunistas teriam se unido num ato patriótico militar, retomando para a soberania italiana o território antes dominado pelo império austro-húngaro!

Eleitoralmente, apresentam apoio a um candidato do PROS (Partido Republicano da Ordem Social), o capitão Léo Ribeiro, ex-líder da torcida jovem do Flamengo, candidato este ano para vereador no Rio de Janeiro. Também promovem tributos ao tradicionalismo regional, inclusive gaúcho e a manifestações folclóricas. No Twitter, dia 20 de setembro, denunciam os movimentos antifascistas nos EUA:

O neofascismo e o movimento antifa são IGUAIS em vários pontos: não passam de grupos marginais movidos por instintos primários, presos em ideologias mortas e enterradas. Se retroalimentam. E nenhum deles questiona a ordem LIBERAL dominante. Por isso são permitidos pelas elites”.

Destacam-se defesas do brasileiro preso por lutar ao lado dos russos na província ucraniana secessionista do Donetsk. Odes à cultura e à tradição, ao patriotismo e apoios, ao mesmo tempo, ao governo Assad e aos palestinos, a Perón e aos xiitas iranianos, à Getúlio do Estado Novo e à Khadaffi. De forma consistente, publicam basicamente textos em português sob a influência de Dugin e da nova direita francesa.

Tentam criar no Brasil, sob essa inspiração, uma mistura indigesta entre ultranacionalismo, extrema direita e cristianismo, conforme explicam num site russo:

O que é necessário fazer então? É preciso construir e cimentar um campo patriótico e populista – algo que represente o real Brasil Profundo e seus valores: segurança pública e direitos de auto-defesa, e a defesa da família contra o liberalismo cosmopolita, assim como a defesa dos trabalhadores e dos mais pobres contra a usura e o capitalismo globalista. Um caminho patriótico, conservador e trabalhista, que se baseia no pensamento social cristão, na doutrina social da Igreja, no distributismo e no nacionalismo de homens como Enéas Carneiro (direita) e Leonel Brizola (esquerda). Um quarto caminho além do liberalismo, do comunismo e do fascismo”. [13]

Apesar de declarar querer superar a divisão entre direita e esquerda e constituir uma quarta teoria política, essa corrente não passa da reciclagem da velha extrema direita conservadora com o auxílio da ideologia do estado russo putinista numa campanha anti-liberal que, no fundo, esconde um coração realmente fascista. Um fenômeno de hibridismo deliberado, um produto típico da nossa era de manipulação ideológica.


* Bacharel em Relações internacionais pela PUC SP e Mestre em Ciências Políticas pela Unicamp.

1 – Nova Resistência, “Sobre o liberalismo e Ciro Gomes”, 8 de setembro de 2020 http://novaresistencia.org/2020/09/08/sobre-o-liberalismo-e-ciro-gomes;

2 – A. Dugin, “A quarta teoria política”, Apud, A. Segrillo, Rússia: Europa ou Ásia?”, Curitiba:Editora Prismas, 2016, p.311.”

3 – A. Umland, “Who is Alexander Dugin?”, Open Democracy, 26 de setembro de 2008 em https://www.opendemocracy.net/en/who-is-alexander-dugin/ Apud R. Hensman. “Indefensible: Democracy, Counterrevolution, and the rhetoric of anti-imperialism” Chicago: Heymarket books, 2018. p. 161-2   

4 –  A. Shekhovtsov, “The Kremlin’s marriage of convenience with the European far right’, Open Democracy, 28 de abril de 2014 em https://www.opendemocracy.net/en/odr/kremlins-marriage-of-convenience-with-european-far-right/ Apud R. Hensman. Indefensible: Democracy, Counterrevolution, and the rhetoric of anti-imperialism,

5 – Entre as muitas reivindicações do fascismo pelo grupo, ver, por exemplo, C. Pereira, “‘Fascismo’: muito se fala, pouco se estuda”, 5 de maio de 2020 Disponível em http://novaresistencia.org/2020/05/05/fascismo-muito-se-fala-pouco-se-estuda/ ou A. Luiz, “Getúlio foi influenciado pelo fascismo? Sim. E daí?” 14 de abril de 2020, disponível em http://novaresistencia.org/2020/04/14/getulio-foi-influenciado-pelo-fascismo-sim-e-dai/ . Segundo recomendação de C. Pereira: “Leiam fascistas. Estudem fascistas. Façam-no com sinceridade. Eventualmente vocês descobrirão que não conhecem o fascismo; vocês descobrirão que o inimigo não é fascista; vocês descobrirão que o inimigo verdadeiro supera com facilidade a perversão de um Mengele.”

6 – https://www.facebook.com/nrnewresistance/

7 – “Physical Culture is OUR Culture. Don’t buy into the Neo-Marxist/Bioleninist/Afrocentric myth that European people don’t rise to the highest levels of any sport they apply themselves to. We do. Despite psywar and guilt programs against us from professional sporting bodies, disproportionate funding and opportunities made available to “others” through liberal social engineering attempts, SJW control of University sports entrance programs, and other insidious acts.”

8 – “Pay attention. Popular-Nationalist Europa blood-friendly leaders surround themselves with animal friends, soldiers, athletes, beautiful women, and esoteric minds. Like Trump, Putin, Bolsonaro. Enemy leaders creep over kids “Cutesy” style, wear Wakanda scarves, and kneel to nonsense. Like Biden, Macron, Trudeau.

9 – “A REAL Euro-Latin American hero. F*ck Evo Morales and Lula. We present El Salvadoran Cold Warrior Roberto D’Aubisson. From “far right” soldier, to expert at asymmetric warfare, and founder of still-existing nationalist political party ARENA the French-El Salvadoran D’Aubisson led a blood-soaked counterinsurgency that prevented his beloved nation from becoming a failed Soviet client state. The leftnamed him “Blow Torch Bob” for his unique taste in enhanced interrogation methods against radical liberals. Some even claim he inspired the term “Right Wing Deth Squad” but we can’t say for sure. What we can say is… True Heroes Never Die!

10 –

Concerning Brazil. We feel, strongly, that Brazil is both practically and esoterically, one of the most important nations for Europeans globally now and in the days to come. In fact, Brazil has the highest population of European-blooded people on the planet. We consider Brazil, though unique, an extension of Europe. Just like the United States is, and many, many other nations. Europe is Wherever We Set Our Feet,

Since nothing can ever be simple in this age, it should be clear, though they use our symbols and slogans we have NOTHING to do with the Brazilian group using our name. Why? Short version. Years after we let them join and look at sound like us, NR-B lost the plot and their leadership lost their will and their hearts. They are now essentially an extreme leftist group and in practical matters no different than an antifa org, in bed with things like the PDT and PSOL. They are very much the enemy.

Who do we support in Brazil? Simple. First, we support Aurora de Ferro, who are part of the AF family and lineage with us. Next, our dear friends in Accale – Nacionalismo. Honorable brothers and sisters of the highest order. Third, we support President Jair Bolsonaro, and other elements of the populist-national movement in the face of massive leftist pressure. Freedom! Justice! Revolution!

11 – https://nrevropa.com/

12 – “NR-E, like its fraternal organization NR-B (Brazil) and its NR-E At-Large members in the US and Canada, exist outside of the commonly understood left/right ideological dichotomy in both economic and social spheres”.

13 – “What is to be done then? It’s necessary to build and cement a patriotic and populist camp – something that represents the real Deep Brazil and its values: public security and self-defense rights andthe defense of the family against cosmopolitan liberalism as well as the defense of workers and the poorest against globalist capitalism and usury. A patriotic, conservative and labourist path, which bases itself on Christian social thought, on the Social Doctrine of the Church, on Distributism, and on the nationalism of men like Eneas Carneiro (right wing) and Leonel Brizola (left wing). A fourth path beyond liberalism, communism and fascism., in https://www.geopolitica.ru/en/article/new-resistance-brazil-public-letter-2018-elections

Henrique Soares Carneiro

Historiador, professor de História Moderna na USP, coordenador do LEHDA (Laboratório de Estudos Históricos de Drogas e Alimentação).

6 comentários sobre “Híbrido entre neofascismo e stalinismo, Alexander Dugin chega ao Brasil

  • 29 de setembro de 2020 at 7:24 pm
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    Vocês chegaram atrasados na festa… A Nova Resistência não tem qualquer ligação institucional com a New Resistance. Partilhamos do mesmo símbolo e do mesmo nome por causa de uma origem comum que não existe mais, e da qual a organização americana já se afastou.

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    • 30 de setembro de 2020 at 3:14 pm
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      Tem o mesmo nome, o mesmo logo e o mesmo lema. Tinham a nesma origem e mantém todos os símbolos de um grupo de ultra direita, mas não tem nenhuma “ligação institucional”!

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      • 30 de setembro de 2020 at 9:51 pm
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        It is important that your journalism has integrity. The anti-marxist and white supremacist quotes are from a break-away New Resistance group in North America. They have no relationship to Brazil or to Evropa. That’s why your own quote containing the phrase ‘NR-B’ makes no sense. You quoted a statement about the split yourself.

        “Short version. Years after we let them join and look at sound like us, NR-B lost the plot and their leadership lost their will and their hearts. ”

        NR-B is shorthand for New Resistance Brazil

        Whether a logo is far right or not is debatable. New Resistance is four seperate organizations, but all of the racialist things and statements like ‘Wherever white man goes is Europe’ is 100% unrelated to the Brazil or Evropa group.

        I say this as the commander of NR Evropa

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  • 29 de setembro de 2020 at 10:49 pm
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    Nesses tempos de obscurantismo devemos nos resguardar dessas teorias exdruxulas e desses falsos salvadores da pátria.A História nós dá fartos exemplos dessas aventuras suicidas.

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  • 24 de abril de 2021 at 8:04 pm
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    Ao expor a diferença de pensamento entre Dugin e Olavo de Carvalho, vocês cometem um erro primário: confundem os EUA enquanto estado e o patriotismo que há naquele país. Ou seja, Olavo não acredita que os EUA enquanto estado sejam resistência a qualquer coisa, já o patriotismo americano, sim.

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  • 18 de maio de 2022 at 4:36 pm
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    Todos os ditadores elegem um inimigo para se manter no poder “defendendo os interesses do povo”. Um caso histórico em Portugal foi o governador por 30 anos da Ilha da Madeira, Alberto bom Jardim, que elegeu o continente, entenda-se Portugal, como inimigo dos Madeirenses. Eleger “inimigos” é um discurso retrógrado nos dias atuais.

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