Mês do Orgulho: 51 anos de Stonewall, a luta não entra em quarentena

Durante todo o mês de junho se celebra o Mês do Orgulho da diversidade sexual e de gênero em comemoração da revolta de Stonewall, nos Estados Unidos, fato que marcou o surgimento do movimento da diversidade moderna.

Em 28 de junho de 1969, Nova York, se desenvolveu um levante de lesbica, gays, travestis e transsexuais a partir da repressão policial no bar Stonewall Inn. Durante três noites centenas saíram às ruas para lutar contra a perseguição policial, a ordem sexual existente, a monogamia imposta pela igreja, o tratamento a orientação sexual e as identidades de gênero como uma patologia e a recomendações de contravenções. Foi a ponta de lança do movimento. Os fatos se tornaram conhecidos no mundo todo e desde então se reconhece como o Dia Internacional do Orgulho LGBT+.

A 51 anos da revolta de Stonewall seguimos organizando-nos contra os governos e suas políticas repressivas e discriminatórias em todo o mundo. Durante a pandemia a crise tem golpeado duramente a nossa comunidade. A precarização, o trabalho instável e o desemprego e se soma a discriminação que sofremos no trabalho, por nossa sexualidade e identidades de gênero, com violações de nossos direitos trabalhistas e demissões arbitrárias. A quarentena para prevenir a propagação da COVID-19 somente agravou estas condições de precariedade e miséria a qual os governos nos submetem. O ajuste de Bolsonaro aos direitos trabalhistas, desfinanciando programas e políticas públicas destinadas aos LGBTs, como o programa de prevenção ao HIV. A falta de investimentos e a retirada de direitos continuam e aprofundam ainda mais a situação da população brasileira, sobretudo de lesbica, bissexuais, gays, trans e travestis.

Nós da Juventude Vamos à Luta exigimos quarentena geral já, sem demissões, sem repressão, sem discriminação e crimes de ódio. Necessitamos urgente de um fundo de emergência a partir do não pagamento da dívida externa e a taxação das grandes fortunas para garantir renda mínima para todos e que toda a rede hoteleira abrigue LGBTs vitimas de violência durante a após a pandemia.

Natália Granato

Dirigente da CST.

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