Agência de esportes “Pé torto”,
reportagem de Hélio Ázara
No domingo (5/6/2022), O Ponta Firme estreou no Bessão 2022. Em um campo totalmente impróprio para a prática de futebol e com um time bastante alternativo e sem ainda ritmo de jogo, voltou, enfim, a jogar, o que já é motivo de imensa satisfação para sua torcida e para os amantes do futebol-arte! O jogo contra o Chapecoense, time do Bairro Renascer, foi um daqueles momentos de puro amor pelo futebol de várzea, pois as condições eram as mais adversas. Time desfalcado pela COVID, estreia de nova comissão técnica, muitos jogadores novos, arbitragem desastrosa, campo parecendo um pântano, enfim, tudo jogava contra o Ponta Firme. E, para piorar a situação, foi dia dos namorados e muitos de nossos apaixonados atletas estavam marcando gols em suas respectivas casas! Sem sorte no jogo, felizes no Amor, esse é o Ponta Firme!
A Chapecoense, com certeza um time mais entrosado, com jogadores pesados e experientes, adaptou-se melhor ao encharcado Mendonção, o popular “Campo do Bessa”, que esteve em um de seus piores dias para uma disputa de Futebol. Mais leve e técnico, o Ponta Firme sentiu muito as condições do Estádio, sua torcida sofreu com a chuva e com a partida, mais com a partida do que com a chuva, é verdade. Invicto há mais de dois anos, nosso time começou recuado, mas sem muita pressão da Chapecoense. Como a bola não rolava, o jeito era mesmo o aclamado “chutão” para onde o nariz apontasse, estilo de jogo ao qual não nos adaptamos bem, ao contrário de nossos adversários, adeptos da “bicuda” e da canelada.
Como não poderia deixar de ser, o destaque negativo ficou para o assoprador de apito! As razões porque uma pessoa acorda no domingo de manhã para estragar uma partida de futebol serão sempre desconhecidas…. Mas o certo é que esse era o único objetivo do árbitro. Quando a partida ainda estava um a zero, logo aos quinze minutos do primeiro tempo, em um cruzamento de Henrique na direção de Abdula, nosso ponta de lança africano, o zagueiro da Chapecoense assumiu a “posição de galinha choca”, aquele movimento que o galináceo faz para aumentar seu volume corporal, abrindo as duas asas. Com esse movimento claramente irregular o zagueiro defendeu a bola com o braço, num pênalti não marcado! Gritaria e desespero no nosso banco de reservas, protesto da torcida e homenagens carinhosas à mãe do Juiz… O que não impediu o pior. Ao final do jogo, já aos 35min do segundo tempo, novo pênalti, novo assalto! Enfim, novidade zero. A torcida do Ponta Firme só pergunta uma coisa: “cadê o VAR”?
Destaque positivo da partida, o camisa 9 da Chape, Rafael, embora fora de forma, controlou o jogo: por ele passaram todas as jogadas e assistências, e foi ele que fez o último gol, num chute de rara felicidade, mostrando que no futebol amador o que vale é a disposição. No Ponta Firme, o destaque foi a atuação de Flávio, nosso goleiro, que fez defesas seguras e difíceis, mas acabou se contundindo no final da partida, sendo substituído pelo zagueirão Fábio, que ainda fez uma defesa milagrosa aos 39min do segundo tempo. De resto, o time esteve em uma jornada pouco criativa, culpa evidentemente do campo, do clima e dos desfalques. A nova comissão técnica, formada pelos ex-atletas Diego Diniz e Gabriel, tem muito trabalho pela frente! Mas mostrou que sabe o que está fazendo, porque tinha em mãos uma prancheta estilo Joel Santana, e todos os torcedores vivos e mortos sabem que um técnico sem uma prancheta e sem abdômen avantajado não serve para nada! Para horror de resultadistas e dos idiotas da objetividade, o time demonstrou claramente que pode melhorar. Com a chegada de reforços e mais opções no banco, seremos certamente mais competitivos na segunda rodada da competição, que será dia 17/07, contra o Grêmio.