
Reportagem de Hélio Ázara, para a Agência de Esportes “Pé de Rato”
Sim, meus amigos, porque a inumerável legião de torcedores do Ponta Firme ficou sem entender o que aconteceu naquela que deveria ter sido a primeira partida da equipe no Campeonato. Um jogo para ser riscado dos anais da história do Ponta Firme, pois faltou de um tudo! Faltou jogador, faltou material esportivo, faltou saúde e faltou até sobriedade de alguns atletas, que, ainda cambaleantes da noite anterior, chegaram nas imediações do campo do Celeste numa total falta de preparo físico, mental e espiritual! Foi algo escabroso. Mas no seu “segundo” jogo nossa equipe mostrou a que veio nesse nobre Campeonato.
Como se sabe, a vitória certamente é a mais doce entre todas as deusas! E essa vitória estava fazendo muita falta para o Ponta Firme e foi o que aconteceu no domingo 1 de junho de 2025. Uma grande vitória sobre o Bragantino, certamente não aquele vendido a uma marca de energéticos, e sim um Bragantino de um daqueles bairros que ninguém sabe onde fica, mas que ainda assim lidera a nossa chave na competição, com um ponto a mais que nossa equipe, que foi a campo com: Cacá no gol, Taciano e Sérgio como laterais, Jow e Mateus como zagueiros, Caio e Chico como volantes, Mantiqueira centralizado na meia, na meia direita King e na meia esquerda o nosso Messi, e Dieguinho como centroavante. A escalação do Bragantino é um daqueles mistérios insondáveis que jamais saberemos decifrar, mas é um time qualificado, causou preocupação para nossa zaga, que respondeu com segurança e sobretudo raça.
Num daqueles lances que tem a mesma periodicidade da visita do cometa Halley ao planeta Terra, Mantiqueira abriu o placar, depois de uma bola rebatida pela zaga, mas o assoprador de apito anulou o gol com a infame colaboração do bandeirinha. Um pecado! Não apenas evitaram um fenômeno raro da natureza, mas nos fizeram lembrar alguns dos momentos mais infames do judiciário brasileiro – eu da arquibancada só conseguia ver Moro e Dallagnol, um crime de lesa-futebol, e lesa-Ponta Firme! Mas, como as injustiças têm vida curta, nosso habilidoso volante Caio Marcus corrigiu essa vergonha e fez o Gol que deu a vitória ao Ponta Firme. Lucas Arruda, nosso técnico de ocasião, ainda mexeu na equipe no segundo tempo, colocando nosso meia Rodrigo Lima para dar cadência ao nosso meio de campo. O “Arrudismo” já é uma realidade! Lucas achou sua posição!
Mesmo o mais distraído dos seres humanos sabe que o futebol amador é (além de uma caixinha de clichês) o palco dos mais improváveis protagonismos, pode ser um buraco no campo, o famoso morrinho artilheiro, um quero-quero enraivecido, um cupim na linha de fundo, pode ser uma testemunha de Jeová entregando um panfleto para um lateral, ou seja, é um palco no qual o destaque da partida é sempre imprevisível. E o destaque dessa partida ficou com a premiação do melhor jogador em campo. Enquanto falava com a imprensa esportiva que fazia a cobertura da peleja, nosso Volante Caio foi surpreendido com uma premiação inovadora, uma caixa de Tadalafila e um pacote de camisas de vênus. Mal sabe a organização do Campeonato do Celeste que a caixa de remédios é tremendamente desnecessária para os atletas do Ponta Firme (que não têm esse nome em vão!), porém, nosso volante, que é artilheiro dentro e fora de campo, certamente fará bom proveito da segunda parte da premiação nas sempre quentes noites de João Pessoa! O Ponta Firme segue de pé na competição!