Por Alexandre Martins Pacheco1
Em 31 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Poesia, uma data instituída pela Lei 13.131/2015 em homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade, nascido nesse mesmo dia, em 1902. Drummond, um dos maiores nomes da literatura brasileira, eternizou a poesia do cotidiano, transformando o comum em versos inesquecíveis. Neste mês especial, além de recordar os mestres, é também um momento para dar destaque a novas vozes que mantêm viva a tradição poética do país e que, assim como eu, buscam refletir sobre a realidade social e política que nos rodeia.
Recentemente, lancei minha primeira obra poética, Despedidas, Tempestades, Recomeços e o Mundo, simultaneamente no Brasil e em Portugal, pela editora Ipê das Letras. Este lançamento representa um passo importante na luta por uma literatura que dialoga com as questões contemporâneas, como as crises sociais e as desigualdades. Acredito que a poesia pode ser uma forma de reflexão, um espaço onde podemos questionar e desafiar as narrativas dominantes.
Nesta coletânea, exploro temas como despedidas, crises e recomeços, tecendo reflexões profundas sobre a vida, a solidão e as transformações pessoais em um contexto de constantes mudanças sociais. Cada poema é um eco das experiências que vivi e das vozes que ouvi ao longo da minha jornada. Meu desejo é que essa obra contribua para a conscientização e para o fortalecimento de uma literatura que não apenas narra histórias, mas também busca transformar realidades.
Nascido em Abaetetuba, no Pará, trago em meus versos uma forte conexão com minhas raízes amazônicas, mas também com minha vivência no estado de São Paulo, onde moro há mais de uma década. Minha atuação no movimento estudantil e na militância cultural reflete meu compromisso com uma escrita que é socialmente engajada e marcada por um lirismo que se recusa a silenciar diante das injustiças.
Utilizo minhas redes sociais, como o Instagram @alemartins_p, para divulgar minha obra e me conectar com o público, reafirmando que a literatura brasileira é um espaço vivo, plural e em constante diálogo com as lutas sociais de nosso tempo. Neste mês de outubro, dedicado à poesia, é fundamental reconhecer e valorizar autores que, ao lado de outras vozes emergentes, mantêm acesa a chama da poesia e a levam a novos públicos e fronteiras. Assim, a literatura brasileira se reinventa e continua relevante, acompanhando as mudanças e os desafios do nosso tempo, com a esperança de um futuro mais justo e igualitário.
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Referências
- Alexandre Martins Pacheco, nascido em Abaetetuba, Pará, é escritor, produtor cultural e graduando em Artes Visuais, atualmente residente em Jacareí, São Paulo. Com uma trajetória enraizada no ativismo e na expressão artística, Alexandre encontrou na poesia uma forma de explorar as complexidades da condição humana. Iniciou sua jornada como ativista estudantil e vocalista/letrista de bandas independentes, onde sua voz ressoou em protestos culturais e ambientais. Em 2013, co-organizou o Festival “Pare Belo Monte”, uma resistência contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.Em 2014, mudou-se para São José dos Campos, São Paulo, onde participou de várias lutas por direitos nos movimentos sociais locais e contribuiu para o jornal “Boca no Trombone”, destinado aos trabalhadores das indústrias químicas do Vale do Paraíba. Mesmo distante de terras paraenses, em 2017, idealizou o “Fest Rock Amigos”, um festival independente e sem fins lucrativos realizado na cidade de Ananindeua, no Pará, que já teve sete edições e celebra a vitalidade do rock na Amazônia. Sua estreia literária, “Despedidas, Tempestades, Recomeços e o Mundo”, reflete suas experiências e compromisso em explorar temas universais como amor, perda e renascimento, através de uma linguagem poética profundamente pessoal e envolvente.