76 anos da libertação de Auschwitz

Em 27 de janeiro de 1945 o Exército Vermelho libertou o campo de extermínio nazista de Auschwitz, local onde mais de um milhão de pessoas foram assassinadas pelos nazistas, em sua maioria judeus.

A efeméride do dia é mais um dos marcos de memória do fim da segunda guerra mundial e do genocídio cometido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler. Mas o que esse dia têm de especial? Existem alguns pontos importantes que devemos destacar para responder essa pergunta. Auschwitz foi o maior campo de concentração criado pelos nazistas na Polônia, onde judeus, ciganos, homossexuais, socialistas, dentre outros grupos foram presos, obrigados ao trabalho forçado e assassinados.

O dia 27 de janeiro de 1945 foi o dia da salvação para pessoas como o italiano Primo Levi, químico judeu que lutou ao lado dos partisans, resistência anti-facista italiana. Ao tornar-se prisioneiro, foi levado ao campo de concentração de Auschwitz, onde seria libertado 11 meses depois pelo Exército Vermelho. Primo Levi é conhecido pelo livro de memórias que escreveu chamado “É isso um homem?” contando sua história de prisioneiro nazista.

A data pode não ter significado o dia da libertação para outras pessoas, como a judia Anita Lasker-Wallfisch, que passou meses como prisioneira de Auschwitz, sobrevivendo no campo de concentração por saber tocar violoncelo. Mas que, assim como tantos outros prisioneiros, foi transferida em outubro de 1944 para outro campo de concentração devido a aproximação das tropas soviéticas à Auschwitz. Anita foi liberta pelas tropas britânicas em abril de 1945, ainda assim o papel do Exército Vermelho foi importante para que houvesse sua libertação.

O 27 de janeiro de 1945 é um dos marcos das vitórias do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazista, que teve seu fechamento em 30 de abril do mesmo ano, com a conquista do parlamento alemão pelos soviéticos na cidade de Berlim.

Essas datas podem não ser tão importantes para mim ou você, mas os acontecimentos desses dias são importantes para rememorar as vitórias sobre esses momentos tão traumáticos e dolorosos da história da humanidade. Servem também, para que os socialistas, demarquem seu espaço na memória em disputa, já que a maioria dos que detêm o poder de comunicação na sociedade capitalista se esforçam para apagar o papel de homens e mulheres soviéticas na vitória sobre o nazifascismo na Segunda Guerra Mundial.

Por: Pedro Cristiano de Azevedo, para Contrapoder
Pedro é mestre e professor de história

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