Curso Completo: Raça na luta de classes: Da teoria à práxis

Nota sobre o curso:

O curso foi ministrado pelo Coletivo Clóvis Moura, em 8 aulas nos dias 13 e 20 de maio, 3, 10, 17 e 24 de junho e 1 e 8 de julho.


Ementa e outras informações sobre o curso:


O curso Raça na Luta de classes: da teoria à práxis traz uma proposta de formação teórica e política. É um convite à retomada da teoria revolucionária e socialista para a compreensão do funcionamento do capitalismo e organização para a luta. Para tanto, teremos a preocupação de entender as particularidades do nosso tempo e do Brasil.

Compreender os conceitos que interpretam a formação concreta da sociedade de classes é tarefa indispensável para a organização dos movimentos revolucionários. Também, é um movimento sem o qual não conseguimos entender e nos colocar diante das oportunidades históricas, do momento presente político e traçar caminhos para a transformação da sociedade. Nosso objetivo, portanto, é contribuir para a formação de militantes, os mais diversos em distintas organizações, para a crítica e o afastamento da espontaneidade e inação política, da redução da luta revolucionária, além da fundamentação teórica das pautas concretas dos trabalhadores e a denúncia da exploração e opressão que nos assola. O curso de formação Raça na Luta de Classes: da teoria à práxis se divide em quatro blocos com dois encontros virtuais semanais em cada bloco; um voltado à teoria, outro discutindo a conjuntura atual.


Aulas:


Bibliografia:

Texto usado em várias aulas:

Sociologia do Negro Brasileiro – Clovis Moura


Bloco 1 – Terra, teto e trabalho – 13 e 20 de maio

Terra, teto e trabalho, vamos discutir os fundamentos da sociedade de classes, as dinâmicas e os processos históricos que conferiram a organização moderna do capitalismo no mundo e particularmente no Brasil. Como parte indissociável de sua fundação, o capitalismo articula a exploração do trabalho, no Brasil e no mundo, a partir da racialização e hierarquização da humanidade. Peça chave para sua difusão e hegemonia como modo de produção mundializado. O curso Raça na Luta de classes: da teoria à práxis traz uma proposta de formação teórica e política. É um convite à retomada da teoria revolucionária e socialista para a compreensão do funcionamento do capitalismo e organização para a luta. Para tanto, teremos a preocupação de entender as particularidades do nosso tempo e do Brasil.

MARX, Karl. O capital: Crítica da economia política. Livro primeiro: O processo de
produção do capital. Tomo 1. Tradução de Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. Editora
Nova Cultural Ltda, 1996. Seção VII.

MARTINS, José de Sousa. O cativeiro da terra. São Paulo: LECH, 1979.


Bloco 2 – Raça, racismo e identidade – 27 de maio e 3 de junho

MOURA, Clóvis. Dialética radical do Brasil negro. Parte II (Miscigenação e
identidade étnica; A perda parcial da identidade étnica; Particularidades do racismo
brasileiro). São Paulo, SP: Anitta Garibaldi, 2020.

MOURA, Clóvis. O racismo como arma ideológica de dominação. Revista
Princípios, São Paulo, n. 34, p. 28-38, 1994
.

MOURA, Clóvis. Sociologia do negro brasileiro. São Paulo, SP: Perspectiva, 2019.
(Parte I.3 Miscigenação e democracia racial: mito e realidade)

KEEANGA-YAMAHTTA, Taylor. Raça, classe e marxismo. Revista Outubro, n. 31, 2º
semestre de 2018.

HOOKS, bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Revista Brasileira de
Ciência Política, nº16. Brasília, janeiro – abril de 2015, pp. 193-210.

Leitura Complementar indicada na aula 03:

Um discurso sobre o método Sérgio Sant’Anna


Bloco 3 – Capitalismo, Estado e democracia – 17 e 24 de junho

Levantaremos as inflexões políticas da cosmovisão capitalista. Buscaremos relacionar os elementos de circulação de mercadorias com o arcabouço de ideias que os sustentaram e reproduziram ao longo da história do capitalismo e sua relação com o Estado como unidade política e a democracia burguesa como sua forma. Esta relação será apresentada pelos conceitos de eurocentrismo, iluminismo e liberalismo. Deste modo, destacaremos em oposição as noções de Universal propostas pela revolução francesa e a Revolução do Haiti.

AMIN, S. Eurocentrism. Monthly Review Press, 2010.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina.
Buenos Aires: CLACSO, 2005.

HAIDER, Asad. A ARMADILHA DA IDENTIDADE. São Paulo: Venetta, 2019.
(Capítulo 6 – A universalidade)

CÉSAIRE, Aimé. Culture and colonisation. Presence africane Nº 8-9-10, Paris:
Sorbonne, 1956.

WOOD, Ellen. Democracy against capitalism. Cambridge: Cambridge University
Press, 1995.

Lenin. O Estado e a revolução


Bloco 4 – Quilombos, Revolução e luta de classes – 01 de junho e 8 de julho

Vamos recuperar a história dos levantes contra o escravismo colonial. Esse exercício é tarefa indispensável para encerrarmos a perspectiva trazida pelo curso de indissociabilidade da luta contra a supremacia branca e a luta contra o capital. O campo de disputa colocado pela hierarquia racial da humanidade durante o colonialismo está, agora, aberto, dinamizado e instrumentalizado pelo racismo, em suas inúmeras formas e impactos. A tarefa revolucionária é não deixar escapar este elemento central de divisão de classes e dominação dos povos oprimidos.

MOURA, Clóvis. Dicionário da escravidão negra no Brasil. São Paulo, SP:
EdUSP, 2013. Verbetes: Quilombagem; Quilombo; República dos Palmares.

MOURA, Clóvis. Sociologia do negro brasileiro. São Paulo, SP: Perspectiva, 2019.
(Parte I.2 Sincretismo, Assimilação, Acomodação, Aculturação e Luta de Classes;
Parte I.4 O negro como grupo específico ou diferenciado em uma sociedade de
capitalismo dependente; Parte II.1 Sociologia da República de Palmares; Parte II.4
Da insurgência negra ao escravismo tardio


Bibliografia completa:

https://drive.google.com/drive/folders/1VZchDl2yNf_1rjqyOm9kP9SyURrWdedl

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